quinta-feira, 3 de abril de 2008

Arp Schnitger – um presente da Coroa Portuguesa

No século XVIII chegou ao Brasil o Arp Schnitger, órgão construído em Hamburgo, na Alemanha. Inicialmente este órgão foi para uma Igreja Franciscana em Portugal, vindo para o país em 1753, como presente da coroa portuguesa ao primeiro Bispo da cidade de Mariana.





Em 1747 D. João V comprou o órgão na mão do organeiro João da Cunha, que pretendia enviá-lo a Mariana, mas faleceu antes disso acontecer. Sendo assim, seu filho, D. José I fez do órgão um presente à recém criada Diocese de Mariana que, já em 1748, mantinha,em sua Sé, um organista: Pe. Manuel da Costa Dantas e um mestre de capela: Padre. Gregório dos Reis Melo.
Entre os órgãos da manufatura Schnitger que sobreviveram até hoje, esse é um dos exemplares mais bem conservados e o único que se encontra fora da Europa. A Unesco está possibilitando o estudo do instrumento, para que ele faça parte do tombamento internacional de órgãos da manufatura Arp Schinitger.
Na década de 1970 o organista alemão Karl Richter esteve em Mariana a convite do Arcebispo D. Oscar de Oliveira e do então presidente da CEMIG, Dr. Francisco Afonso Noronha para fazer uma avaliação do instrumento.O Órgão Arp Schnitger foi reinaugurado em 1984 e voltou a ser o centro da vida musical de Mariana.
Atualmente existem duas organistas na Catedral da Sé de Mariana: Josinéia Godinho e Elisa Freixo que tem uma das mais importantes carreiras no campo da música erudita no Brasil. Após concluir seus estudos no Brasil, viveu quatro anos na Europa estudando órgão e cravo. Josinéia formou-se como organista e cravista, na Escola Superior de Música Santa Marcelina e completou seus estudos de música clássica na Alemanha.

Editoria de Educação

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