sábado, 29 de março de 2008

Cidades do interior perdem a sua identidade

Para o professor de Filosofia da Unipac - Lafaiete, José Antônio, 45, “as cidades perdem a sua identidade por não terem a referência local que naturalmente, nasceria e permaneceria pela paixão que o futebol desperta”.

Domingo, clássico no Mineirão. Em ônibus, vans e carros particulares, centenas de torcedores das cidades do interior partem em caravana para a capital para torcerem pelo Galo e para a Raposa.
E onde está o torcedor do Meridional de Conselheiro Lafaiete de presença marcante no campeonato mineiro de tempos atrás. Cadê as empolgadas torcidas de Olimpic e Vila do Carmo de Barbacena; de Athletic e Minas de São João Del rei; do Social de Santos Dumont e outros tantos clubes que ausentes a muito tempo das disputas oficiais não criou a cultura de se torcer por eles.
Para Mário Augusto, 55, ex-presidente e eterno torcedor do Meridional de Lafaiete, esta ausência “provocou a falta de identidade do torcedor com clubes de sua cidade”.
“Hoje, apenas os saudosistas, emocionados, nos seus papos da praça ou botequim, recordam as façanhas de seus times”.
O Futebol mineiro reduziu-se a dois times da capital, Atlético e Cruzeiro (o América está em franca decadência) e mais dez outros de cidades do interior (Juiz de Fora-Tupi; Andradas-Rio Branco; Nova Lima – Villa Nova; Divinópolis – Guarani; Governador Valadares – Democrata; Ituiutaba – Ituiutaba; Coronel Fabriciano – Social; Ipatinga – Ipatinga; Sete Lagoas – Democrata e Uberaba – Uberaba).
O torcedor dos outros 842 municípios de Minas Gerais, não tendo time de sua cidade pra torcer, acaba sucumbindo, passando a torcer pelo Galo e ou a Raposa.
Para o professor de Filosofia da Unipac - Lafaiete, José Antônio, 45, “as cidades perdem a sua identidade por não terem a referência local que naturalmente, nasceria e permaneceria pela paixão que o futebol desperta”.

Editoria de Esporte
Fernando Leopoldino
Geraldo Faria
Márcio Rezende
Odair Ferreira
Regina Cordeiro

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